Escritores da liberdade
Quem é você? E as pessoas com as
quais todo o dia interage? Com que profundidade conhece os seus colegas de
trabalho? Se atuar em educação, quais são as informações que possui a respeito
de seus alunos? Normalmente temos apenas uma visão superficial e pouco clara da
maior parte dos relacionamentos que estabelecemos ao longo de nossas
existências. E será que estamos preocupados com isso?
Em se tratando de escolas, por
exemplo, em muitos casos parece que o nosso único dever é o de ministrar aulas,
passar conteúdos, preencher cadernetas, corrigir provas, cumprir cronogramas e
planejamentos.
Enquanto não nos preocuparmos
sinceramente uns com os outros, iniciando essa ação a partir das pessoas que nos
são mais próximas e presentes, como podemos imaginar que as questões globais
poderão ser resolvidas?
“Escritores da Liberdade”, filme
do diretor Richard LaGravenese, estrelado pela talentosa atriz Hillary Swank
(duas vezes premiada com o Oscar, pelos filmes “Menina de Ouro” e “Meninos não
choram), baseado em história real, nos coloca em contato com uma experiência
das mais enriquecedoras e necessárias. Sua trama gira em torno da necessidade
de criarmos vínculos reais em sala de aula, conhecendo nossos alunos,
despertando para suas histórias de vida, entendendo o que os motiva a ser as
pessoas que são,...
Emocionante relato de uma
experiência bem-sucedida que ainda está em desenvolvimento, “Escritores da
Liberdade” tem tudo para se tornar um novo libelo do cinema em prol da educação
mais efetiva (como “Sociedade dos Poetas Mortos” ou “A corrente do Bem”), onde
se respeitam alunos e professores e também em que as pessoas se percebem em
suas particularidades e se permitem construir, conjuntamente, como aliados, um
futuro melhor para todos! Imperdível!
"Cansada do trabalho em empresas
que desenvolvia até aquele momento e desiludida quanto às possibilidades de
crescimento e realização pessoal naquele âmbito profissional, a jovem Erin
Gruwell (Hillary Swank) resolve mudar de ares e dedicar-se à educação. Assume
então uma turma de alunos problemáticos de uma escola que não está nem um pouco
disposta a investir ou mesmo acreditar naqueles garotos.
A turma difícil, pouco ligada aos
estudos e que vai a escola apenas para “cumprir tabela” se mostra, no começo da
relação entre a nova professora e os alunos, uma realidade. O grupo, formado
por jovens de diferentes origens étnicas (orientais, latinos e negros),
demonstra intolerância e resistência à interação, preferindo isolar-se em
guetos dentro da própria sala de aula.
A nova professora é vista por
todos como representante do domínio dos brancos nos Estados Unidos. Os
estudantes a entendem como responsável por fazer com que eles se sujeitem a
dominação dos valores dos brancos perpetrados nas escolas. Suas iniciativas
para conseguir quebrar essas barreiras aos relacionamentos dentro da sala de
aula vão, uma a uma, resultando em frustrações.
Apesar de aos poucos demonstrar
desânimo em relação às chances de êxito no trabalho com aquele grupo, Erin não
desiste de sua empreitada. Mesmo não contando com o apoio da direção da escola
e dos demais professores, ela acredita que há possibilidades reais de superar
as mazelas sociais e étnicas ali existentes. Para isso, cria um projeto de
leitura e escrita, iniciado com o livro “O Diário de Anne Frank”, em que os
alunos poderão registrar em cadernos personalizados o que quiserem sobre suas
vidas, relações, interações, ideias de mundo, leituras,...
Ao criar um elo de contato com o
mundo, Erin fornece aos alunos um elemento real de comunicação que permite aos
mesmos se libertar de seus medos, anseios, aflições e inseguranças. Partindo do
exemplo de Anne Frank, menina judia alemã, branca como a professora, que sofreu
perseguições por parte dos nazistas até perder a vida durante a 2ª Guerra
Mundial, Erin consegue mostrar aos alunos que os impedimentos e situações de
exclusão e preconceito podem afetar a todos, independentemente da cor da pele,
da origem étnica, da religião, do saldo bancário..."
“Escritores
da Liberdade é uma lição de vida que nos mostra como as palavras podem libertar
as pessoas e de que forma a educação, a cultura e o conhecimento são as bases
para que um mundo melhor realmente se efetive”.
Obs.: Ao final do filme, foi feito uma roda de conversa e
posteriormente uma ficha de leitura com resumo, crítica, trabalhamos o livro “Redações
Perigosas” Telma Guimarães e por fim produziram textos relatando
experiências vivenciadas por eles.
Ilza
Adorei a ideia, Ilza, acho que vou copiá-la, posso?
ResponderExcluirAbraços...Flávia
Claro que sim, o objetivo não é esse???
ExcluirVamos copiar o que deu certo!
Abraços Ilza
Olá !!!
ResponderExcluirEste compartilhar não pode acabar !!!!
Parabéns !!!
Marcia Szilagyi Marinho